terça-feira, 16 de novembro de 2010

Educação e Ética ( trabalho)


Educação e Ética
 Introdução

Fazendo a distinção das palavras Ética e Moral

Para começar a falar sobre ética é preciso fazer a distinção entre ética e moral, já que estas duas palavras, freqüentemente, são empregadas como sinônimos. De acordo com o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ética e moral são “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto” (p.300; p.471).
Entretanto, hoje podemos estabelecer uma diferença entre ambas, pois a ética se constitui como uma parte da filosofia que trata da moral em geral, ou da moralidade de cada ser humano, em particular. A ética é por muitos definida como a ciência da moral. Isso significa que a moral aparece atualmente como um objeto de reflexão da ética. Desse modo, enquanto à ética compete estudar os elementos teóricos que nos permitem entender a moralidade do sujeito, a moral diz respeito à esfera da conduta, do agir concreto de cada um. Pode-se resumir tais diferenças da seguinte forma: a ética revela-se como reflexão já a moral diz respeito à ação.
  
Ética na educação tem como objetivo formar um indivíduo consciente de seus deveres e direitos dentro de uma sociedade. Para um convívio regular entre as sociedades sempre se exigiu um comportamento que, ao longo da história se baseia nas leis estabelecidas nos pólis gregos e mais tarde, na idade média, baseadas em leis estabelecidas com fundamentos no Cristianismo. Isto para proporcionar uma margem de respeito mútuo e a sí próprio, havendo assim a responsabilidade inerente de se repassar esses padrões a gerações futuras, que através de instituições de ensino são dadas as bases para a adaptação na sociedade atual. Dando-se assim a ética na educação e consistindo nesse objetivo de formação de um indivíduo consciente de seus deveres e direitos dentro de uma sociedade.

Na ética existem valores e princípios que usamos para decidir  as grandes coisas da vida que são: o dever, o querer, e o poder.
Tem coisa que  eu quero mais não devo, coisas que eu devo mais não posso e coisas que  eu posso mais  não quero, e a ética é o conjunto de valore que servem para que possamos decidir isso. Nós definimos a ética através de princípios da sociedade, através de normalizações.
 Não existe ninguém sem ética. Isto é, as pessoas podem ser antiéticas mais mesmo assim não deixam de permanecer na etica.

A ética dos folosófos



Na antiguidade, todos os filósofos entendiam a ética como o estudo dos meios de se alcançar a felicidade e investigar o que significa felicidade. Porém, durante a idade média, a filosofia foi dominada pelo cristianismo e pelo islamismo, e a ética se centralizou na moral (interpretação dos mandamentos e preceitos religiosos). No renascimento e no século XVII, os filósofos redescobriram os temas éticos da antiguidade, e a ética foi entendida novamente como o estudo dos meios de se alcançar o bem estar e a felicidade.


Sócrates
O pressuposto básico da Ética de Sócrates – que basta saber o que é bondade para que se seja bom - pode parecer ingênuo no mundo de hoje, no qual já está profundamente gravado na nossa mente que só algum grau de coerção é capaz de evitar que o homem seja mau. Na sua época era uma noção perfeitamente coerente com o pensamento – ainda que não com a prática – da sociedade grega.
Antes dele não teria havido uma reflexão organizada sobre a ética e o "homem moral" a não ser o relativismo dos sofistas, neste sentido é inegável que ele é o “Pai da Ética”. Contudo é preciso ponderar que desde períodos mais antigos havia uma identidade perfeita entre o bem comum e o bem individual tão arraigada na mente grega que talvez tal reflexão não fosse necessária ou sequer capaz de ser concebida. Só a dissociação de ambas na decadência grega é que teriam, pela primeira vez, postulado a necessidade de alguma teoria que explicasse esta dualidade.
Platão
À necessidade de se resgatar o velho sentido da Ética, da Justiça e da Moral, perdido durante o período de crescimento e enriquecimento de Atenas, contaminados pela hipocrisia, é a "volta a uma sociedade mais simples". Mas não uma volta ao passado real, antes a um passado imaginário situado em algum lugar no futuro no quais os velhos valores – renovados a partir das indagações e críticas de Sócrates – possam orientar uma sociedade estável que tende à perfeição.
Assim à dissociação entre o mundo real e os valores éticos Platão contrapõe a necessidade de uma reconstrução da sociedade segundo estes valores, por mais radical que ela possa parecer. O eixo da ampla reforma sugerida por Platão para construir a sociedade perfeita é a substituição da plutocracia que reinava na Atenas Imperial dos mercadores por uma "timocracia do espírito" na qual os governantes seriam os melhores dentre os homens de seu tempo em termos de conhecimento e sabedoria.
Aristóteles

Enquanto Platão sonha com uma sociedade ideal na qual não praticar o bem torna-se uma impossibilidade tal a extensão das instituições que eliminam a vida privada, Aristóteles propõe o que, de certa forma, pode ser compreendido como um caminho contrário. Para ele a Lei deve ser capaz de compreender as limitações do ser humano, aproveitar-se das suas paixões e instintos, e produzir instituições que promovam o bem e reprimam o mal.
Assim se para Platão a Lei deve moldar o real, para Aristóteles o real deve moldar a Lei, única forma de seu cumprimento ser possível a todos. A exposição destes conceitos na Ética de Aristóteles parece estar diretamente dirigida contra a Utopia platônica que, na visão de Aristóteles, está condenada ao fracasso porque não respeita os impulsos do homem, seus apetites e paixões.
Mas esta visão não pode ser entendida como uma ausência de princípios éticos fortes ou a abstenção de promover o Bem – que Aristóteles entende também como uma aspiração do ser humano capaz de conciliar o interesse individual e o comunitário. Pelo contrário, ele propõe um controle estrito sobre as paixões, com a diferença que ele deriva delas tanto as virtudes quanto os vícios, ao contrário de seus mestres predecessores.


Há elos que ligam os conceitos de Ética defendidos por Sócrates – a noção que basta saber o que é o Bem para praticá-lo – por Platão, segundo o qual é essencial conhecer a Idéia Geral do Bem – e por Aristóteles – para quem o Bem equivale à moderação das paixões. Todos os três estabelecem como fonte da Ética à noção que a Felicidade era a recompensa dos virtuosos.
O Mundo atual é marcado pelo individualismo exacerbado, com a quebra de vários valores tantos éticos como morais, é o chamado hoje em dia de “politicamente correto” que chega ao nosso cotidiano comprometendo as relações humanas de maneira dramática. No nosso atual sistema quem realmente quiser adquirir valores éticos e morais terão que aprender as regras sozinhas, pois já se foi o tempo em que estes valores tão importantes eram transferidos as gerações pelas classes dominantes, pela aristocracia, pelos intelectuais, escritores e artistas.
Entretanto, paradoxalmente, a mesma sociedade que aspira pela justiça e pela ética age às vezes, injustamente um estudante que compra uma vaga no ensino superior ou que pratica fraude durante os testes, uma criança com o hábito de mentir e um adulto que falsifica documentos para obter vantagens indevidas são meios utilizados pela sociedade que, ao mesmo tempo, condena o político corrupto. Atitudes como essas deixam lacunas nas relações sociais, acabando por dificultar a identificação de culpado pela destruição dos valores o que conseqüentemente gera um clima de impunidade.




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